Mas se é verdade que os problemas começam nas relações e se tornam complexos, a solução também está nas relações. Essa é a nossa aposta clara. Nelas e só através delas conseguiremos ir mais longe na construção de modelos organizativos de intervenção mais eficazes para lidar com a complexidade. Isso é evidente desde que se propôs o conceito de “Governação Integrada” enquanto “processo sustentável de criar, desenvolver e manter relações intra e interorganizacionais de colaboração, para gerir problemas complexos com maior eficácia e maior eficiência”. As relações estão no centro da colaboração e da governação integrada.
A VIIª Conferência Internacional sobre Colaboração e Governação Integrada irá centrar a sua atenção neste desígnio. Compreender as dinâmicas relacionais nos principais problemas complexos e, sobretudo, como construir relações de colaboração, de confiança e de consenso que mobilizem dentro de cada organização e entre elas, a energia e a inteligência coletiva necessária para vencer os maiores desafios.

Obejtivo 1
Contribuir para aumentar a capacidade de ação sistémica, holística e integrada, ao nível do desenho e implementação de políticas públicas, trabalhando em simultâneo todas as relações e interações de cada problema complexo.
Objetivo 2
Promover o desenvolvimento de um novo modelo de liderança colaborativa, fortemente impulsionada por intervenientes mobilizados por este novo modelo de uma “Organização Relacional”.
Objetivo 3
Sinalizar a importância de ativar as relações de proximidade entre as pessoas na comunidade para um contributo de subsidiariedade que as envolva no cuidado mútuo e que combata o isolamento e as suas consequências.
Objetivo 4
Consciencializar sobre a importância da Literacia relacional dentro, entre e para fora dos serviços públicos, valorizando o capital relacional que é capaz de transformar indiferença em convivência, desconfiança em confiança, conflito em consenso, desmotivação em motivação e competição/oposição em colaboração.
Nota conceptual
A abordagem à compreensão dos problemas sociais complexos, e a busca da melhor forma de agir perante eles, levou-nos à compreensão clara das dinâmicas sistémicas, que nos apontam para a relevância das relações.
Na teoria dos Sistemas, mais do que compreender os vários nós que compõem um dado sistema, é fundamental olhar para as interações entre eles. São elas que dão vida ao sistema. Porém, em grande medida, podemos dizer que nas relações começam os também os problemas. São elas que não nos permitem uma abordagem por silo/ especialidade, ou que tornam tantas vezes impossível identificar causalidades e descobrir o ponto “miraculoso” de intervenção que permitiria resolver um dado problema complexo.
